sexta-feira, 13 de março de 2015

ENTRETEMPOS - O indivíduo e a cidade, Instalação Fotográfica, 2015






Interior da Câmara Obscura

                                                                                                                                 Foto de José Senna



IVANI PEDROSA
Exposição
ENTRETEMPOS - o indivíduo e a cidade
Instalação Fotográfica
Curadoria de Martha Pagy
Local: Centro Cultural Justiça Federal, RJ, Galeria do Térreo.
         
Entretempos – O Indivíduo e a Cidade / fotografia
A artista Ivani Pedrosa apresenta instalação com projeção de imagens capturadas pelo celular, que convidam o público a construir a história da fotografia a partir de sua própria narrativa, através de uma grande câmera escura. Em homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro, a exposição busca mesclar o passado e o presente, o público e o privado, o indivíduo e a cidade, em uma imersão no espaço urbano, conduzida pelo olhar da artista.
Curadoria: Martha Pagy
simbolo L

Texto crítico da Curadora MARTHA PAGY
ENTRETEMPOS - o indivíduo e a cidade

Camera obscura ( Latim, quarto escuro), espaço fechado com um orifício que permite a passagem da luz externa e projeta no interior a imagem que está do lado de fora. Esta imagem é reproduzida de forma invertida.
Na instalação ENTRETEMPOS, Ivani Pedrosa retoma o mesmo princípio que está na base da história da fotografia para projetar imagens capturadas com o celular.
A camera obscura, aqui com três orifícios que permitem ao público a descoberta das imagens projetadas, é o campo onde tudo acontece na perspectiva de Marcel Duchamp. O observador torna objeto o que vê e se transforma num objeto ao ser observado.
Mesclam-se o passado e o presente, o público e o privado, o indivíduo e a cidade, em uma imersão no Rio de Janeiro conduzida pelo olhar da artista.
Ao longo de sete anos, Ivani Pedrosa fotografou com o celular a sua cidade. Como um flâneur baudelairiano de olhar crítico e aguçado, a artista registrou fragmentos das ruas, paisagens, arquitetura. Imagens cotidianas que, deslocadas de seu contexto, alimentam o pensamento criativo e se transformam em matéria-prima para o trabalho: a fotografia expandida em objetos escultóricos, no desenho e na pintura.

No Centro Cultural Justiça Federal, Ivani instala uma grande camera obscura   e convida o público a construir a cidade a partir de sua própria narrativa.
                   

Martha Pagy

ENTRETEMPOS – the individual and the city

Camera obscura (“dark room” in Latin): a closed space with a hole to let the outside light penetrate and allow the image outside to be projected on the inside. This image is reproduced upside down
In the installation ENTRETEMPOS, Ivani Pedrosa returns to the same principle that lies at the heart of the history of photography to project images captured with a cellular telephone.
Here the camera obscura, with three holes that enable the spectator to discover the projected images, is the field where Marcel Duchamp claimed that everything happens. The observer turns what he sees into an object and turns into an object when he himself is seen.
Past and present, public and private, the individual and the city, these are all mixed together and immersed in a Rio de Janeiro viewed from the artist’s perspective.
For seven years, Ivani Pedrosa photographed her city with her cellular telephone. Like some critically sharp-eyed flâneur out of Baudelaire, the artist registered fragments of streets, landscapes and architecture. Daily images which, taken out of context, nourish creative thinking and become raw material for the work: photography expanded into sculpture-like objects, drawings and paintings.
            
In the Centro Cultural Justiça Federal, Ivani has installed a large camera obscura and invites the public to build the city based on their own narrative.
                                       Martha Pagy
Tradução: James Mulholland



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