Interior da Câmara Obscura
Foto de José Senna
IVANI PEDROSA
Exposição
ENTRETEMPOS - o
indivíduo e a cidade
Instalação
Fotográfica
Curadoria
de Martha Pagy
Local: Centro
Cultural Justiça Federal, RJ, Galeria do Térreo.
Entretempos – O Indivíduo
e a Cidade /
fotografia
A artista Ivani Pedrosa apresenta instalação com projeção de imagens capturadas pelo celular, que convidam o público a construir a história da fotografia a partir de sua própria narrativa, através de uma grande câmera escura. Em homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro, a exposição busca mesclar o passado e o presente, o público e o privado, o indivíduo e a cidade, em uma imersão no espaço urbano, conduzida pelo olhar da artista.
Curadoria: Martha Pagy
A artista Ivani Pedrosa apresenta instalação com projeção de imagens capturadas pelo celular, que convidam o público a construir a história da fotografia a partir de sua própria narrativa, através de uma grande câmera escura. Em homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro, a exposição busca mesclar o passado e o presente, o público e o privado, o indivíduo e a cidade, em uma imersão no espaço urbano, conduzida pelo olhar da artista.
Curadoria: Martha Pagy

Texto
crítico da Curadora MARTHA PAGY
ENTRETEMPOS - o
indivíduo e a cidade
Camera obscura ( Latim, quarto escuro), espaço fechado com um orifício que
permite a passagem da luz externa e projeta no interior a imagem que está do
lado de fora. Esta imagem é reproduzida de forma invertida.
Na
instalação ENTRETEMPOS, Ivani Pedrosa
retoma o mesmo princípio que está na base da história da fotografia para projetar
imagens capturadas com o celular.
A
camera obscura, aqui com três
orifícios que permitem ao público a descoberta das imagens projetadas, é o
campo onde tudo acontece na perspectiva de Marcel Duchamp. O observador torna
objeto o que vê e se transforma num objeto ao ser observado.
Mesclam-se
o passado e o presente, o público e o privado, o indivíduo e a cidade, em uma
imersão no Rio de Janeiro conduzida pelo olhar da artista.
Ao longo de sete anos,
Ivani Pedrosa fotografou com o celular a sua cidade. Como um flâneur baudelairiano de olhar crítico e
aguçado, a artista registrou
fragmentos das ruas, paisagens, arquitetura. Imagens cotidianas que, deslocadas
de seu contexto, alimentam o pensamento criativo e se transformam em
matéria-prima para o trabalho: a fotografia expandida em objetos escultóricos,
no desenho e na pintura.
No Centro Cultural
Justiça Federal, Ivani instala uma grande camera
obscura e convida o público a
construir a cidade a partir de sua própria narrativa.
Martha Pagy
ENTRETEMPOS – the individual and the city
Camera obscura (“dark room” in Latin): a closed space with a hole to let the outside
light penetrate and allow the image outside to be projected on the inside. This
image is reproduced upside down
In the installation ENTRETEMPOS, Ivani Pedrosa returns to the same principle that lies
at the heart of the history of photography to project images captured with a cellular
telephone.
Here the camera obscura, with three holes that enable the spectator to discover
the projected images, is the field where Marcel Duchamp claimed that everything
happens. The observer turns what he sees into an object and turns into an
object when he himself is seen.
Past and present, public and private,
the individual and the city, these are all mixed together and immersed in a Rio
de Janeiro viewed from the artist’s perspective.
For seven years, Ivani Pedrosa photographed
her city with her cellular telephone. Like some critically sharp-eyed flâneur out of Baudelaire, the artist registered fragments of
streets, landscapes and architecture. Daily images which, taken out of context,
nourish creative thinking and become raw material for the work: photography expanded
into sculpture-like objects, drawings and paintings.
In the Centro Cultural Justiça Federal, Ivani has installed a large camera obscura and invites the public to
build the city based on their own narrative.
Martha
Pagy
Tradução: James Mulholland
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