"PAISAGEM POSSÍVEL V" Instalação
Tubos de aço inoxidável polidos
400 x 300 x 400 cm (AxLxP)
Exposição ao ar livre na Marina da Glória, RJ.
Curadoria de Marc Pottier
Apresentação de Martha Pagy Escritório de Arte
Produção Katia d'Avillez
Novembro de 2016
Foto: Ivani Pedrosa
Foto: Ivani Pedrosa
IVANI PEDROSA
Instalação
PAISAGEM POSSÍVEL V – 2016
Tubos
de aço inoxidável polidos
Dimensão:
4 x 3 x 4 m (AxLxP)
A
Instalação Paisagem Possível V dá prosseguimento a série de mesmo nome,
iniciada em 2012 quando aconteceu a reunião RIO+20 sobre o futuro do clima
mundial. Após a constatação alarmante da Conferência, desenvolvi trabalhos que
questionam sobre o que restará da natureza para as futuras gerações.
Nesta
de nº 5, pensei em duas esculturas que se entrelaçam, em forma de ‘gravinhas’ (estruturas
filiformes existentes em plantas como o pé de maracujá, chuchu, parreiras, etc., com a função de agarrar ramos, galhos, folhas,
ou qualquer outro objeto que sirva de apoio para a planta se desenvolver.
Escolhi
trabalhar com tubos de aço inoxidável, material que não usava desde 1998, por
causa de sua maior característica: a
resistência, pois é assim que vejo a natureza, resistente a tantas
agressões que lhe são causadas pelo homem.
A
escolha certa da espessura e diâmetro dos tubos, o embate com o material
através da força humana para domá-lo nas formas por mim escolhidas, que ora
deram certo, ora o material era quem ditava as formas, provocou um embate vigoroso, resultando num volume leve e autônomo composto de curvas e elípses que se entrelação.
A
procura pelos ‘volumes vazados’ elípticos que precisavam ser impressos na
escultura definitiva se canalizou na busca do gestual produzido nos protótipos:
- as linhas com suas irregularidades e tensões características do fazer manual.
O
desafio seguinte foi ter as formas elípticas desencontradas de um eixo
imaginário, e através de seus movimentos de equilíbrios calculados entre si,
fazer com que as peças permanecessem eretas.
Repetir
as formas obtidas na pequena escala dos protótipos numa dimensão multiplicada,
foi um desafio lançado neste projeto.
O
resultado, agora posso afirmar, de duas formas independentes que se entrelaçam formando um ‘volume fluido’
através de um vai e vem de linhas envoltas no espaço, num ritmo que remete à
natureza, como se a Instalação brotasse da terra, foi alcançado.
Concebida
para ocupar um lugar específico (rampa gramada de acesso à Marina), a
Instalação poderá ser visualizada pelo visitante na maioria dos pontos da Promenade da Marina
da Glória, de perto ou de longe, oferecendo ao espectador o exercício da
escolha de acordo com as sua preferências e vivências estéticas.
Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2016.
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